segunda-feira, 11 de outubro de 2010

procrastinando do almoço ao Jô Soares

E não faço porra nenhuma. Sigo referindo-me a uma vida que não existe mais. Algo doente, imbecil, meu.

Uma ameba parnanguara que nem circo consegue fazer dessa vida.

Penso em Curitiba, mas curitibanos me enojam. Reacionários e preconceituosos. Já me basta a cidadezinha machista e seus pequenos burgueses.

O dia demora a passar, atividades domésticas não foi o que sonhei para mim. Estudos e livros, não tenho com quem conversar. E pra dormir, insônia.

.fucking-ócio-Paranaense.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

acredito nas flores

Viramos bichos que não podemos mais amar livremente, robotizados pelo romantismo das novelas, o mito do amor perfeito, cara-metade, alma gêmea. Tudo conceito furado pra vender livros de auto-ajuda.

Vou vender-me pro mundo. Falar o que sentir, na hora que desejar. Posso criar uma nova religião se quiser. Posso convencer quem estiver ao meu lado que o amor imperfeito pode ser sim mais bonito e menos doloroso que aquele romântico, cheio de palavras bonitas e declarações.

Posso dizer que sinto nos pés o mundo que amanhã será meu. Porque não.

Poderei mentir e gozar desse poder de inventar a verdade.

Meu jardim será repleto de belezas incertas, puras e sempre verdadeiras.

Amém.

domingo, 12 de setembro de 2010

Gracinha do papai arranca cabelos do sovaco e vai para a platéia.

E foi assim que tudo começou.

Parti para me recuperar do salto triplo. Um mosh muito mal dado. Ninguém compreendeu meu momento de insanidade. Nem eu.

Depois de me esborrachar no chão percebi o quão estúpida ei de ser. Tenho potencial para imbecilidades. Depois do show, cheguei em casa, tomei um banho e fui dormir rindo. Louca. (pensei)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

o negócio é escrever mesmo

Tá todo mundo me olhando. Eu to rindo pro espelho. Me calo ao sentir que serei lembrada pelas cagadas que faço, pela carência acometida no desespero do desemprego. O fucking-ócio-Paranaense! Ah vá! Pulei amarelinha para passar o tempo, me exercitei. Abdominais, corridas, voltas de bicicleta para lugar nenhum.

Me caguei toda essa semana. Mas retomei as rédeas.

Tento retirar-me do caos teórico que esta cidade me deixa. Sem nada pra fazer, sem alguém me me acompanhe às minhas viagens a Lua.

Porra, deixei de saber o que exatamente faço aqui.

Blog sim. Terapia nunca!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

La Fusa

Quero meu espaço, meus vinis tocando sem pressa, sem ordem nem pausa. Meu muro pintado de verde, de preto, de rosa, escrito as frases da vida, aquelas que me mostram de frente. Quero minha casa, meus talheres, meus livros espalhados, minhas calcinhas bordadas por mim, uma de cada cor.

Poeticamente correta.

Meus dedos coloridos de tinta, de tesão, de vida, amor, mentiras. Quero aqueles momentos sublimes de tristeza. A tristeza de Vinicius. A tristeza de se saber mulher. Quero minhas roupas sujas de barro, de água da chuva, de sorvete, suco e marcas infantis. Desejo ver meu céu do jeito que ele for. Cinza, azul, negro, com ou sem estrelas. Meu café posto na hora da fome e meu conhaque a qualquer momento da vida.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

oi. Tudo bem? (sei lá)

O céu desce dando-nos bom dia. Apresenta-nos o sol e nos abençoa com a chuva. Os filmes na locadora, a pipoca no fogo, e o War na mesa.

Domingo, segunda, quinta-feira. Tanto faz.

A cerveja gela enquanto enchemos nossos copos com refrigerantes.

Tudo parece normal, e normal está. Retiro-me do caos em que me deixaste ao sair sem desejar-me boa noite. Desejei-te boa noite.

Nos tornamos membros de uma legião de bundas, de futilidade e falta de sensibilidade. Apenas o que convém ao material. Seja ele qual for. Um corpo, uma posição social, um adesivo do PSOL colado na traseira do carro. Apenas material em processo avaliativo.

Todos avaliam.

Me isento dessa posição. Prego-me na cama. No livro. Na vitrola.

Prefiro a organização do belo, do calmo. Da paz. E do feio, porque não. Sendo assim, me sirvo da vida a forma que ela me apresenta. Mas se estou bem?


sei lá.

sábado, 28 de agosto de 2010

se poder eu tivesse..

Gostaria de mágica.

Suportaria passar um café pro mundo. Viveria meus dons.

Entorpeceria as pessoas de alegria e desejo de me ter perto delas. Estaria plantando flores no meu jardim, nesse exato momento. Enfeitaria a cabeça das crianças de fantasia e doses humanas. Mais tarde elas entenderiam que o ser humano é lindo em sua essência, embora burro e promíscuo.

As meninas saberiam que masturbação não é feio, é gostoso e saudável. Entenderiam que não se pode sair abrindo as pernas pra qualquer um.

Os homens teriam claro em suas cabeças, que as mulheres são tão forte quanto eles.

Usaria essa magia para fazer descer toda a cachaça de Morretes pelas cachoeiras pra acabar com a moralidade fraca desse povo.

Só não conseguiria mudar o caos que há em mim.

Lubrificante social

O Álcool.

Memorial, esquisito, como Paranaguá. O retrato da desigualdade concentrada nos saltos altos. Alguns perfumes baratos, outros importados. Banheiro é sinônimo de salão de beleza. Beijar na boca e uma bela trepada é o objetivo quase totalitário.

E eu, pensando apenas em brincar com a sexta-feira, conversar e dançar. Até aquele ego ferido perceber que a vida vale mais. Com doses homeopaticas de bom senso.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Amar é ultrapassarmo-nos.

.

Pra falar de saudades..

Falta-me neste 'caminho' a entrega que meus queridos me proporcionavam, essa saudade parece não ter razão, sinto ser só coração.

Os abraços, as vozes, os violões cantados em coro.

Rostos iluminados por sorrisos, conversando, dançando, contemplando a beleza do mundo. O gosto da indignação acontece. Estamos de braços dados.

Bebida se faz presente com foco comemorativo. Sempre brindaremos a vida e choraremos juntos.

Sinto falta das conversas claras e abertas sobre o amor, sem aquele clichê barato, falaremos mais, falaremos de coisas reais, falaremos sem medo e brincaremos com nossos sentimentos, enquanto forem verdadeiros e puros.

Gosto de lembrar de como era positivo estar entre amigos podendo falar das coisas mais simples, aquelas que parecem ridículas, coisas de gente apaixonada pela vida. Aquelas risadas gostosas que davamos das tragédias, por também serem cômicas.

Do amor que conseguiamos expressar sorrindo, os telefonemas como pedidos de auxílio.

Saudades das inúmeras companhias do silêncio, aquela que não fala, não dá conselho. Só abraços. Amor, carinho, respeito. Amizade.

Vezes ou outra pego-me lembrando. Sinto-me agregando valores.

Cada um de meus amigos...

..em cada canto do mundo.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sou meu vizinho.

# Giba # diz:
gostei quando você pôs
pseudo qualquer coisa
é a cara da pós modernidade
todo mundo quer ser tudo mas ninguém é porra nenhuma
to em sp, sempre na estrada
desisti de imaginar que tenho um lar.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Do tempo, mais um pouco. Do nada, quero tudo.

Sambo sem sair do lugar, meu amor se fez questão. É poesia concreta.

Às vezes o entendo de uma forma, vezes de outra. E por horas a fio danço sem música nos ouvidos.

Sento-me e tomo café, meu cigarro apagou e nenhum mutante compartilhou minha nostalgia. Sinto meus pés sambarem nesta Terra do Sol. Aqui são tribos de pederastas e alcoólatras.

Estudo meu caminho de volta para casa. Minha geografia muda quando penso nas inúmeras possibilidades deste samba da bênção.

Deste domingo estranho e nossa cama vazia.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Prefiro mudar de assunto.

Começando.

Paranaguá, terra estranha.

Beatas, putas, rockeiros, pagodeiros, sertanejo universitário para canto lírico. Onde estou mesmo?

Preconceito, auto-ajuda, beijo despercebido, vulnerábilidade. Estranhamento, espanhol para iniciantes, corrida para uma vida saudável. E a cidade se mostra cada vez mais estranha.

Sem cultura, sem apoio, sem verba, sem humanização, nada de pólos artísticos.

Apenas bares despreparados.

Mudando de assunto: Amor comunista soa tão bonito.

domingo, 21 de março de 2010

Hablar con el mundo.

Paso encantada. Viva la liberdad.

El bien más precioso, garantindo mi existencia. No necesito hombres, no necesito la casa derecha, necesito de mar, con sol. Es una relación muy intensa. El mundo en lo suma dedicación con nosotros.

A veces es que nos permite acceder a todo un mundo nuevo de percepciones, independientemente de nuestra idad y situación emocional.

La vida es imperfecta, pero que poderce hacerle felices.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Parapeito nos pés.

Nem sei o quanto velho estou, diariamente tento calcular o valor desastroso da vida. Minhas atitudes foram preguiçosas, ambíguas e desprodutivas, fui parar num barco no meio do oceano, e não manifestei interesse nem em escrever na porta do meu banheiro. Nada.

Não eram esses meus planos, baby. A veadagem invalidou-me cedo. Buscou-me no meio do Sarajevo, levou-me para enfermaria, esquentou um chá de camomila e disse: "Acalme-se, Fio". Cá estou, para invalidar-te. Morra.

Acreditei, bêbado ingênuo, alvo fácil. Eu tinha apenas 57 anos quando precisei morrer, a liberdade ainda reinava nas minhas palavras, emoções e atitudes. Ainda sinto aquele velho louco tomar-me, ainda sinto suas ideias, ainda leio seus pensamentos, e sei, que se o garoto não ressuscitar, virará pó. Sujeira dos desajustados, e nada mais trará seu corpo jovem de volta.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ta, fumei um banza.

Ta, fumei um banza.

Fiquei muito sensível, pude perceber que isso não é pra mim. De fato. Quase virei um Chico Xavier versão feminina em lugar inapropriado. Não sei se tenho tendências esquizofrenicas, de fato, não é normal. Foi como tomar um doce, um chá. Absurdo.

Permaneceu a noite toda, a crise barata, o fumo bom, razão, foi-se. Andei sem rumo, quanto mais me afastava mais louca ficava, tive que retroceder meus passos.

"What hell?"

Após o terror das sombras, tomou-me a simpatia insuportável, eu até queria ficar calada, mas não conseguia, fui em rodas de violões que não eram "das minhas", sentei, mas não rolou. O desejo da invisibilidade permaneceu.

Um rapaz me cedeu um banquinho que me fez ficar mais alta que as pessoas que estavam sentadas no chão. Me incomodei, queria ficar só.

Sai de lá andando estranho, torta mesmo, tropecei numa estaca que estava perdida no caminho. Me joguei na porta da minha barraca, escutando o som do violão e a voz das pessoas cantando. Fiquei lá, fechei meus olhos e pirei.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Perdida no canto do Paraná.

Fumo meu cigarro, é cedo, manhã. Faz sol lá fora, e aqui, o ócio.

Abro meu coração pra quem quiser, sei que nele cabe, apenas cabe.
Meu filho agora dorme, procuro o cinzeiro que usei ontem.

Ao menos o cinzeiro eu consigo encontrar por aqui.

Sinceramente, não sei. Não sei o que faço aqui, não sei o que farei amanhã, não sei. Estou anestesiada pelo novo, amortecida por todas as quedas, ruas estranhas, novas gírias, tudo muito repentino. A vida não me anula, mas eu não sei o que farei com ela.

Recebo meus trocados, e ainda tenho muitas dívidas. Quero muito de mim, mas ainda não sei.

A inocência me atrapalha.