sábado, 16 de janeiro de 2010

Parapeito nos pés.

Nem sei o quanto velho estou, diariamente tento calcular o valor desastroso da vida. Minhas atitudes foram preguiçosas, ambíguas e desprodutivas, fui parar num barco no meio do oceano, e não manifestei interesse nem em escrever na porta do meu banheiro. Nada.

Não eram esses meus planos, baby. A veadagem invalidou-me cedo. Buscou-me no meio do Sarajevo, levou-me para enfermaria, esquentou um chá de camomila e disse: "Acalme-se, Fio". Cá estou, para invalidar-te. Morra.

Acreditei, bêbado ingênuo, alvo fácil. Eu tinha apenas 57 anos quando precisei morrer, a liberdade ainda reinava nas minhas palavras, emoções e atitudes. Ainda sinto aquele velho louco tomar-me, ainda sinto suas ideias, ainda leio seus pensamentos, e sei, que se o garoto não ressuscitar, virará pó. Sujeira dos desajustados, e nada mais trará seu corpo jovem de volta.

2 comentários:

Anônimo disse...

escreva alguma coisa pra eu entender.

desafinado

Lorena Bobbit disse...

isso pode ter ligação com mulheres, recitar poesia em lugares inapropriados, e os dias atuais.

Pra mim, fez sentido. A Morte, é a pausa da "vida". rs

(só você entenderia)

curioso!