terça-feira, 20 de novembro de 2012

Os bons modos vão ao pasto.

Ela usa calcinha. Leva um caderno de poesias debaixo do braço, a escrita ameniza a situação de coadjuvante dentro da sociedade em que está inserida.

Suas asas foram cortadas ao nascer.

Mais uma mulher veio ao mundo na condição de princesa. Sua inteligencia a libertou de alguns feitos sociais. A demência coletiva não existia ali. Apesar das tentativas de sua mãe e o do mercado glorioso de brinquedos infantis.

Tendo como sua companhia um livro de Drummond, um copo de nescau e muitas perguntas ela foi ao bar.

Sentou com a solidão e ofereceu um trago de conhaque, beberam. Nunca estamos sozinhos, disse a moça. A solidão só concordava, não poderia dar pitaco.

Depois de beber três doses de conhaque tudo pareceu mais calmo.

Não conseguia conversar com imbecis, convidava a solidão pra passear. Sempre encontros frutíferos e férteis.

"A solidão é rejeitada pelos populares" - pensou ela.

Popularidade nunca foi seu forte.









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