segunda-feira, 22 de junho de 2009

{minha rima barata}

coisa linda, to quase falando que amor de cu é rola. Mas isto seria grosseiro demais.
no Conhaque da terça-feira senti nostalgicamente aquela gostosa sensação de matar aulas para tomar cachaça com os amigos da escola, quando tapão na cabeça ainda era brincadeira e não ofendia, cuspir era divertido se não encostava no chão, aonde chutar a bunda dos amigos era uma forma de chama-los para uma conversa.
Tudo isso numa dose de Domecq. Minha terça-feira nessa vida inteira.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

amor

amor (ô)
(latim amor, -oris)
s. m.
1. Sentimento que induz a obter ou a conservar a pessoa ou a coisa pela qual se sente afeição ou atracção!atração.
2. Paixão atractiva!atrativa entre duas pessoas.
3. Afeição forte por outra pessoa.
4. O próprio ser que se ama. (Usado também no plural)
5. Acto!Ato sexual.
6. Brandura, suavidade.
7. Paixão ou grande entusiasmo por algo.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

saudade, oi (Rockaway Beach)

como uma mente doentia funciona quando encontra outra?
ãn ãn, simplesmente não funciona, imbecil.
vai saudade, vamos.
em outros jardins eu falaria de amor. Mas aqui não. No meu jardim secreto eu chamo de burrice. ah vá!
somos feitos de pão com ovo.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

me perdi

Os livros previam, as musicas aconselhavam, ainda sim, deixei cegar-me.
Não são carinhos, olhares, toques, nada disso. Pura subjetividade correndo nas veias, faz-se a vontade de meu sonho tornar-se sua morada, sua vila. Nossa fantasia. Falo por nós, pq sou Ego. Mas posso melhorar. Farei o disco tocar uma, duas até três vezes. Farei muito melhor que isso.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

lambe lambe - Elisa Lucinda


Passam muitas pessoas no saguão dos aeroportos.
Passam neste aeroporto da agora,
e eu, no meu pensamento,
não me comporto,
imagino elas fodendo:
fulano com fulano,
são casados, gozam, fazem planos?
E ela, quer logo que acabe?
E ele, penetra rosnando?
Fantasio as inúmeras possibilidades de encaixes,
em como foram as noites de amor que tiveram para fazer essas
crianças chinesas africanas alemãs francesas mexicanas libanesas
brasileiras cabo-verdianas espanholas cubanas holandesas
senegalesas turcas e gregas.

(meu pensamento é inconveniente mas ninguém sabe,
escrevo num café, estou, por fora, muito chique no cenário
e nitidamente estrangeira.)

Agora passam dois homens.
Sentam à mesa ao lado.

Falam germânico mas a tradução é da mais alta putaria,
Uma iguaria da mais pura sacanagem!
Eu sei, são gays. Eles não sabem que eu sei.
Pensam que escrevo o abstrato
E capricham descansados ao colo do idioma que não alcanço.
Mas sou poliglota na linguagem dos molhares,
cílios a mais antiga cortina do mais antigo teatro
na pátria universal dos gestos, meu bem!
Eles não escapam.
Um chupa muito o outro, que eu sei,
e o magrinho gosta de dar por cima e de lado.
Importante dizer que dentro desse meu pensamento safado
também não tem pecado.
Só me diverte
Ver o que todos negam,
O que não se diz no social,
Uma radiografia verbal da intimidade alheia é o que faço aqui,
Sem que ninguém suspeite,
Sem ninguém me permitir.

Aquele tem pau pequeno e, pior que isso,
e, mais que suas parceiras, acha isso um problema.
Aquele ali também tem, mas arde na cama e se empenha muito
compensando a diferença.
Aquela, num outro esquema,
diz não gostar da coisa
e fala sem parar.
Só uma pirocada de jeito para fazê-la calar.
A gostosa gordinha engole a espada todinhada
quele altão desajeitado,
cujo grosso membro se torna,
em meio às coxas dela, disfarçado.

E o velhinho punheteiro
De pau mole com jornal no colo?
Talvez seja o único a adivinhar o teor dos meus escritos,
dado que me olha dissimulado e constantede modo a nunca perder meus segredos de vista.

(Com licença mas é dessa matéria hoje minha poesia)

Enxerida, vejo a mulher com cabelo cortado à la moicano
Com a menina que iniciara a tiracolo,
Feliz sem ser por ela lambida
E sem saber no que estou pensando.

Passam as pessoas
no saguão do aeroporto,
fingem que fazem check-in
fingem viajar sérias e de férias,
fingem estar trabalhando...
mentira,
pra mim ta todo mundo trepando!