segunda-feira, 20 de setembro de 2010

acredito nas flores

Viramos bichos que não podemos mais amar livremente, robotizados pelo romantismo das novelas, o mito do amor perfeito, cara-metade, alma gêmea. Tudo conceito furado pra vender livros de auto-ajuda.

Vou vender-me pro mundo. Falar o que sentir, na hora que desejar. Posso criar uma nova religião se quiser. Posso convencer quem estiver ao meu lado que o amor imperfeito pode ser sim mais bonito e menos doloroso que aquele romântico, cheio de palavras bonitas e declarações.

Posso dizer que sinto nos pés o mundo que amanhã será meu. Porque não.

Poderei mentir e gozar desse poder de inventar a verdade.

Meu jardim será repleto de belezas incertas, puras e sempre verdadeiras.

Amém.

domingo, 12 de setembro de 2010

Gracinha do papai arranca cabelos do sovaco e vai para a platéia.

E foi assim que tudo começou.

Parti para me recuperar do salto triplo. Um mosh muito mal dado. Ninguém compreendeu meu momento de insanidade. Nem eu.

Depois de me esborrachar no chão percebi o quão estúpida ei de ser. Tenho potencial para imbecilidades. Depois do show, cheguei em casa, tomei um banho e fui dormir rindo. Louca. (pensei)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

o negócio é escrever mesmo

Tá todo mundo me olhando. Eu to rindo pro espelho. Me calo ao sentir que serei lembrada pelas cagadas que faço, pela carência acometida no desespero do desemprego. O fucking-ócio-Paranaense! Ah vá! Pulei amarelinha para passar o tempo, me exercitei. Abdominais, corridas, voltas de bicicleta para lugar nenhum.

Me caguei toda essa semana. Mas retomei as rédeas.

Tento retirar-me do caos teórico que esta cidade me deixa. Sem nada pra fazer, sem alguém me me acompanhe às minhas viagens a Lua.

Porra, deixei de saber o que exatamente faço aqui.

Blog sim. Terapia nunca!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

La Fusa

Quero meu espaço, meus vinis tocando sem pressa, sem ordem nem pausa. Meu muro pintado de verde, de preto, de rosa, escrito as frases da vida, aquelas que me mostram de frente. Quero minha casa, meus talheres, meus livros espalhados, minhas calcinhas bordadas por mim, uma de cada cor.

Poeticamente correta.

Meus dedos coloridos de tinta, de tesão, de vida, amor, mentiras. Quero aqueles momentos sublimes de tristeza. A tristeza de Vinicius. A tristeza de se saber mulher. Quero minhas roupas sujas de barro, de água da chuva, de sorvete, suco e marcas infantis. Desejo ver meu céu do jeito que ele for. Cinza, azul, negro, com ou sem estrelas. Meu café posto na hora da fome e meu conhaque a qualquer momento da vida.